Valdemar

 

 

Foi num dia de chuva, num carro lento pela marginal. A Dona Esperança, de esperanças, decidiu que seria naquele dia, naquela hora de névoas e impasses, a olhar um vale que só ela sabia existir. O menino vai chamar-se Valdemar.

 

Confundiu toda a gente: desde fãs da atlântida a ninfas sem pastagem. As ninfas são vegetarianas, como é do conhecimento geral.

Baralhou os literatos e os amantes de novelas de cordel com barcos e baleias grandes.

 

A dona Esperança não conhecia mágicos estrangeiros nem mestres. 

A dona Esperança viu um vale, no mar. O marido, sem grande esperança, anuiu.