No Bar

Roger Waters compôs, e é, o bar. Nada melhor que um bom bar para ficarmos felizes a ouvir o que não nos apetece, nos incomoda, comove, morde e eventualmente muda. Nos melhores bares muda-se para melhor.

No bar podemos, como cantou Roger, dizer o que nos apetece. Dizer sem julgamentos de maior e ser ouvidos por quem possivelmente discorda de nós. A isto chamava-se, antigamente, conversar. Agora parece uma experiência qualquer, transcendental e new-age, muito new-age.

Pessoas de quem gostamos a proferir as suas verdades estúpidas só se admite num bar. O único entrave está em ter que tolerar a restante estupidez de igual modo.

Nos bares com porrada ninguém conversa e são todos o mesmo.