Janela

Vivo com pressa entre as pedras da rua. Abdico de cismar com a lua Para a ver entrar pela janela aberta.

A minha janela ainda tem nódoas de vento, De vento frio. O calor débil desse alheamento Vai-se escapando pelas fendas do meu castelo cómico.

As tecedeiras não fazem histórias com roupa do contentor. A roupa estendida dias e dias por amor Morre com a chuva e o sol.

Apanhei a roupa da janela.