Infinitivos e Desideratos
Entendamo-nos: se comecei esta frase na primeira pessoa do plural terá sido com a intensão de envolver o leitor, ouvinte ou entendedor no meu raciocínio. Talvez a isto se chame um diálogo ou parte de um diálogo.
Começar frases pelo infinitivo apenas faz sentido no caso em que se pretende usar o infinitivo do verbo, como aliás é bom exemplo esta frase. Sim, a frase anterior, não esta que é a seguinte da anterior. Peço desculpa pelo nó.
Gente que, em particular na oralidade mas não só, começa frases por “Dizer que...”, e diz; “pensar que...” e diz a coisa que estaria a pensar; ou mesmo “ver que...”, mais uma vez diz o que quer que os outros vejam, é gente sem sentido e que não merece ter os mesmos direitos que os restantes cidadãos da república.
A patologia do infinitivo é grave por si e pelo que a acompanha: os portadores desta maleita têm por sintoma adicional enumerar desideratos, que é coisa para dar cede.